sexta-feira, 5 de novembro de 2010


O tempo do som


Acordava e dormia
Ouvindo o som
O som era o silêncio
Era o sorriso
O roçar de pelos
Os fios de cabelos
Soltos no espaço
Ali ao acaso
Acaso tão sonhado
Andava e corria
O som ainda estava lá
O som do abraço apertado
Do coração colado
Do corpo suado
Da dose infinita
Que se toma lentamente
Então o som vem de dentro
Tentando achar um argumento
Pra se libertar
Mas parece que o som sempre esteve lá
Nas profundezas
Nas entranhas
Esperando seu tempo
E o tempo chegou
E não vai acabar
Nunca mais